Saudades das incertezas!

Saudades das incertezas!

Isso mesmo, estou com muitas saudades das incertezas…

Acredito que chegamos a um espaço nebuloso nos últimos tempos, em que demonstrações financeiras estão na berlinda, déficits governamentais viraram costumes, assimetrias sociais escandalizam, enfim, o sentimento é que “analisar incertezas” parece coisa de um passado remoto diante das incongruências que vivemos…

A grande maioria das corporações brasileiras “corre entre os pingos da chuva” – não são gigantes de seus segmentos, muito menos possuem acesso a “políticas especiais”. E olhando para essas realidades, qual o papel reservado aos conselheiros dessas organizações?

1. Resiliência:

Claro, começamos com a tão necessária resiliência, mas traduzida em ações pragmáticas, como o profundo levantamento dos riscos e da capacidade de resposta ágil da organização.

Será que isso foi feito ao longo do ano passado nos bancos que acabaram de fechar?

2. Eficiência:

O negócio precisa atingir sua eficiência máxima com os processos e tecnologias existentes e, claro, com todas as pessoas envolvidas nas cadeias de valor dos clientes.

Será que essa visão é aplicada cotidianamente ou as discussões de investimento em “novas coisas” tomam conta da maior parte das agendas?

3. Transparência:

Não há espaço para dúvidas sobre a saúde financeira da empresa, seus indicadores de desempenho comercial e operacional e, sobretudo, sobre o ambiente vivido pelos colaboradores e prestadores de serviço.

Será que é possível ter surpresas na casa de bilhões quando há transparência?

4. Social e meio ambiente:

Conscientizar todos os “stakeholders” de que ações sociais começam dentro da própria empresa e no seu entorno é decisivo, assim como engajar em projetos de impacto positivo ao meio ambiente não exige uma pesquisa da Nasa.

Temos dois ótimos webinars sobre os temas, com os craques Dênis Pacheco e Gabriel Junqueira Kropsch.

5. Comunicação:

Falar a verdade, com clareza, é um imperativo, mas o verbo tem que ser respeitoso, fraterno e colaborativo, pois cuidar de todos é o dever do líder de caráter.

Não há espaço para qualquer tipo de assédio nesse contexto.

Com as mãos firmes no presente, é possível ter olhos atentos ao futuro, questionando a maneira de fazer qualquer coisa, observando concorrentes, pesquisando tecnologias inovadoras, aprofundando o conhecimento do mercado e, especialmente, melhorando a vida das pessoas…